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Mostrando postagens de junho, 2017

Como interpretar midpoints?

Midpoints (também chamados de pontos médios ou halfsums) são a espinha dorsal da astrologia uraniana. Basicamente, é a metade da distância entre dois planetas. Pode ser calculada pela fórmula (A + B)/2 Onde “A” é a longitude zodiacal de um planeta A, e “B” a longitude zodiacal de um planeta “B”. O alicerce de tudo que se faz dessa astrologia é a interpretação da conjunção/aspecto de um planeta ou ponto pessoal ao midpoint. Portanto, é necessário uma diretriz para nortear o pensamento do estudante na hora de se interpretar essa configuração. Como em toda astrologia, os planetas significam coisas, pessoas ou eventos. O planeta conjunto ao midpoint não é diferente. Ele continua agindo como significador de alguma coisa no mundo, na psiquê ou na vida da pessoa. Dentro do contexto das coisas indicadas pelo planeta, o midpoint age especificando alguma coisa sobre aquilo que o planeta significa. É exercido, sob a forma de um significado atrelado ao planeta, e através do mesmo . Por estar atrel

Efemérides Gráficas

Efemérides gráficas - a melhor maneira de ver seus trânsitos se você usa apenas aspectos tensos. As linhas pontilhadas mostram os planetas natais. As linhas cheias, os planetas em trânsito. A organização gráfica das efemérides é o seu diferencial das tabelas mais comuns que se vê por aí. A roda zodiacal é dividida em quatro pedaços de 90º, que se sobrepõem. Talvez você esteja questionando o porquê disso: muito simples. Fazendo essa jogada, as quadraturas e as oposições aparecem como conjunções. Fica muito mais fácil percebê-las. No canto da direita, a linha pontilhada azul do Sol (segundo ponto de cima para baixo) está muito perto da linha pontilhada azul claro de marte. Essa quase interposição de linhas, nas efemérides de 90º, pode significar que eles estão em conjunção, quadratura ou oposição. Se não houvesse essa sobreposição nas efemérides, as linhas só se cruzariam quando houvesse uma conjunção. Seria muito mais difícil, apenas de relance, perceber outros aspectos. A limitação des

Sobre retificação do horário de nascimento

Existe uma crítica sobre a retificação do horário de nascimento, pois já se constatou que, para um mesmo mapa, vários astrólogos chegam a horários retificados diferentes, devido ao fato dos seus processos de análise divergirem. O astrólogo com o pseudônimo Brigadier Firebrace relata no Primer of Sidereal Astrology que ele acompanhou o nascimento de sua filha na maternidade, coletando o horário exato de nascimento e, mesmo assim, concluiu que seria melhor retificar o horário, para a melhor sincronização dos eventos com as configurações astrológicas que os representam. Baseado nessa ocorrência, especula-se que todo o mapa, por mais exato que seja seu horário, deva se submeter a uma retificação, pois a premissa da retificação não seria encontrar o verdadeiro horário de nascimento, mas aquele que melhor se sincronize com as técnicas empregadas pelo astrólogo. Evidententemente, a discrepância entre o horário dito real e o horário retificado não pode ser muito grande pois, caso isso ocorra,

Pontos sensíveis

Os pontos sensíveis são um arranjo planetário incompleto no mapa, onde quatro pontos estão alinhados com um eixo de simetria, sendo três deles ocupados por planetas ou pontos pessoais (Ascendente ou Meio do Céu) e um deles incompleto; este ponto, sem a ocupação de planetas ou pontos pessoais, se torna um ponto sensível a trânsitos ou direções por arco solar, e indicará um evento ao longo da vida da pessoa. O ponto sensível (X) seria representado pela equação A + B - C = X A equação acima também ser escrita assim: A + B = X + C Ou seja, sendo "A + B" e "X + C” dois pontos médios, quando inseridos no círculo zodiacal, a forma fica graficamente representada por dois pontos médios com um mesmo eixo em comum. Aplicação natal Além de usá-los nas técnicas preditivas, Maria Kay Simms, no seu “The Dial Detective”, usa num exemplo os pontos sensíveis no mapa natal. Para utilizar dessa forma, basta saber se o ponto sensível está ocupado por um ponto pessoal importante (Meio do Céu,

Tô com uns livrinhos aí...

Iniciado com o intuito de ser um exibicionismo fetichista dos livros do autor desse blogue, o post foi tomando uma forma mais nobre, de utilidade pública para os interessados em uraniana, indicando o caminho das pedras na hora de se adquirir material didático. Sendo bem franco: se esse post não existisse, você chegaria às mesmas conclusões que eu cheguei acerca da dificuldade de se conseguir material desse tipo de astrologia; apenas levaria mais tempo para as mesmas conclusões. Veja-me como um facilitador.   Finalmente comprei uns livros de uraniana. Sim, Ebertin não é Uraniano; é Cosmobiologia. Comprei intencionalmente para ter um ponto de vista alternativo de um autor sobre dials. No final das contas, acaba sendo útil pra uraniana. Ainda não comecei a ler. Apenas folheei. O Handbook of Techniques é um livro introdutório, que fala das técnicas e espera que você tenha o Rules for planetary pictures para fazer as interpretações ou entendê-las quando forem citadas. O

Um exemplo de previsão

A astrologia uraniana é extremamente visual. Se a pessoa tiver um olhar atento, ela vai descobrir configurações numa simples olhada no que acontece no momento do nativo. É o que acontece no mapa do meu acidente. Como vocês sabem, no dia 18 de novembro de 2007, por volta das 13:50, eu caí de um muro, causando uma fratura grave (uma longa história que não convém no momento…). Na figura acima, temos o mapa natal no centro, a direção por arco solar no centro e os trânsitos na periferia. A cruz vermelha mostra uma figura planetária muito intensa: dMc = dNetuno = dUrano = tSaturno Ou seja, a combinação natal urano/netuno/mc, ao ser dirigida por arco solar, é ativada por Saturno em trânsito. Dos quatro pontos, três já estavam configurados desde o nascimento. Pontos em arco solar tem a mesma configuração entre si que possuíam no mapa natal, uma vez que todos são movidos pelo mesmo número de graus. Bastou a co-presença de Saturno em trânsito para deflagrar o evento. A combinação Saturno/Netuno

Registros históricos do uso de pontos médios?

Os astrólogos modernos autores de livros sobre midpoints adoram citar que Guido Bonatti advogava o uso de midpoints (ou pontos médios) na sua prática. Eu tenho o Liber Astronomiae , o li de cabo a rabo, e NUNCA encontrei o tal trecho. Também tem esse site , muito bom por sinal, que atribui a Ptolomeu a primeira citação sobre midpoints. Bitch, please. É mais fácil ler o Tetrabiblos do que o Liber Astronomiae , e qualquer um verá que isso é mentira. As pessoas adoram citar autores antigos para ratificar suas posições intelectuais, principalmente em se tratando de Astrologia, um meio que carece de pesquisas sérias e, devido a isso, se apoia no passado glorioso de quando era considerada uma ciência essencial à atividade humana. Estou dando uma de advogado do diabo apenas para mostrar que não se pode confiar em tudo que se lê por aí. Analise tudo, e retenha o que for bom , o conselho bíblico aqui cai como uma luva. Até porque são bons autores que cometem esse erro: Reinhold Eber