Eu nunca tive muita simpatia por incluir asteroides na minha prática. Na verdade, ainda mantenho essa posição - o que não me impede de querer conhecer o trabalho de quem os use. E por que eu quero conhecer? Devido à interseção com a Astrologia Uraniana, claro!
Como disse no primeiro post desse blogue, os livros de uraniana são caros e raros. A vantagem é existir poucos autores e ser relativamente fácil de "rastreá-los". Um desses autores é Martha Lang-Wescott.
Martha é uma prolífica autora de livros e de um jornal sobre asteróides e astrologia uraniana. Ainda está viva e ativa, com um site recentemente atualizado. Você pode checar as resenhas sobre seus livros no Astroamerica e constatar que Dave Noel - dono da livraria online - a tinha em auto grau.
Eu me indago o por que da sua escolha pelos princípios da escola de Hamburgo. Parece que Martha topou o desafio de colocar no mapa tudo que esteja no céu, tirando os satélites, claro. Daí para incluir os Transneptunianos, de existência ainda não confirmada, foi um pulo.
Na verdade, podemos definir o approach de martha como o de uma astróloga uraniana que usa asteróides na sua prática.
E aqui entra o que pra muita gente é loucura. Quando falo de asteróides, não falo apenas de Ceres, Pallas, Juno e Vesta, que a maioria dos programas de astrologia já incluem no mapa. Falo de corpos celestes dos nomes mais inusitados e contemporâneos, como Ilisarov (o criador de um método de consolidação de fraturas).
O que mais há nos céus são aseróides, MILHARES já foram descobertos e cada um deles tem efemérides, ou seja, podem ser introduzidos em mapas astrológicos.
Sim, Martha usa dezenas de asteróides em sua prática, mas com critérios claros. Afinal de contas, os loucos tem maneiras de tornar seus delírios razoáveis aos outros e a si mesmos.
Os astróides que significativos no mapa seriam aqueles angulares, conjuntos ao eixo Asc/Dsc ou MC/FC. Martha considera uma orbe de até 10º de distância dos ângulos, para frente ou para trás. É suficiente para incluir uns dez asteróides na interpretação (dentre as dezenas que ela estuda).
Apesar da minha brincadeira textual de mal gosto em insinuar que Martha seja louca por incluir tantos corpos celestas na sua prática, o que ela faz não difere em absolutamente nada de qualquer astrólogo, por mais tradicional que seja.
Todo astrólogo comete a "loucura" de dizer que um pedaço de rocha há milhares de anos luz da terra significa os eventos mais frugais que uma pessoa pode experimentar, e tudo isso sem a menor causalidade perceptível. Trata-se exatamente do que ela faz, e com a audácia de furar o esquema pedante de apenas interpretar planetas com mitologia embutida. Ela explora o conceito de sincronicidade ao máximo.
Eu não vou começar a usar asteróides, mas é claro que Martha também tem um material riquíssimo sobre os dez planetas "tradicionais" da astrologia moderna, além dos transneptunianos. Seu livro, Architects of Time, é uma boa pedida para aprender a prever eventos no dia e na hora - pelo menos, é o que dizem as resenhas, pois ainda não o adquiri.
Há asteróides com nomes de figuras mitológicas, que podem se referir a uma pletora de informações e significados. O asteróide Odysseus, por exemplo, indica desde turismo a separação precoce dos pais. Entretanto, a interpretação de um asteróide fica mais literal à medida em que ele se refere, através do seu nome, a uma figura histórica recente ou objeto. O mencionado asteróide Ilisarov, por exemplo, possui correlação com ossos, fraturas e correções cirúrgicas das mesmas - o que nos remete a um uso importante desse tipo de corpo celeste: astrologia médica
Uma coisa é dizer que o asteróide Hidalgo está em conjunção ao Ascendente e afirmar que, devido a isso, a pessoa se acha o rei da cocada preta; outra é fazer interpretações certeiras sobre o histórico médico do nativo baseado na combinação planetas + asteróides. Enquanto a primeira constatação
depende enormemente da percepção subjetiva que o indivíduo tem de si mesmo (o que explica a grande disseminação da astrologia comportamental), a segunda consiste em dados objetivos e verificados por qualquer observador não envolvido pessoalmente.
Martha investiga os asteróides há décadas, o que inclui implicações médicas dos mesmos. Só esse seria um motivo para eu demonstrar algum interesse nas suas pesquisas, porque sou médico e é muito difícil encontrar métodos astrológicos sérios e que se enquadrem na percepção anatomopatológica da medicina moderna.
Ler sua obra não significa um compromisso na aplicação dos asteróides na sua prática, até porque ela tem muito material sobre os planetas conhecidos que também merece estudo. Seus livros podem ser encontrados no seu site a venda, pois o Astroamerica morreu.
Como disse no primeiro post desse blogue, os livros de uraniana são caros e raros. A vantagem é existir poucos autores e ser relativamente fácil de "rastreá-los". Um desses autores é Martha Lang-Wescott.
Martha é uma prolífica autora de livros e de um jornal sobre asteróides e astrologia uraniana. Ainda está viva e ativa, com um site recentemente atualizado. Você pode checar as resenhas sobre seus livros no Astroamerica e constatar que Dave Noel - dono da livraria online - a tinha em auto grau.
Eu me indago o por que da sua escolha pelos princípios da escola de Hamburgo. Parece que Martha topou o desafio de colocar no mapa tudo que esteja no céu, tirando os satélites, claro. Daí para incluir os Transneptunianos, de existência ainda não confirmada, foi um pulo.
Na verdade, podemos definir o approach de martha como o de uma astróloga uraniana que usa asteróides na sua prática.
E aqui entra o que pra muita gente é loucura. Quando falo de asteróides, não falo apenas de Ceres, Pallas, Juno e Vesta, que a maioria dos programas de astrologia já incluem no mapa. Falo de corpos celestes dos nomes mais inusitados e contemporâneos, como Ilisarov (o criador de um método de consolidação de fraturas).
O que mais há nos céus são aseróides, MILHARES já foram descobertos e cada um deles tem efemérides, ou seja, podem ser introduzidos em mapas astrológicos.
Sim, Martha usa dezenas de asteróides em sua prática, mas com critérios claros. Afinal de contas, os loucos tem maneiras de tornar seus delírios razoáveis aos outros e a si mesmos.
Os astróides que significativos no mapa seriam aqueles angulares, conjuntos ao eixo Asc/Dsc ou MC/FC. Martha considera uma orbe de até 10º de distância dos ângulos, para frente ou para trás. É suficiente para incluir uns dez asteróides na interpretação (dentre as dezenas que ela estuda).
Apesar da minha brincadeira textual de mal gosto em insinuar que Martha seja louca por incluir tantos corpos celestas na sua prática, o que ela faz não difere em absolutamente nada de qualquer astrólogo, por mais tradicional que seja.
Todo astrólogo comete a "loucura" de dizer que um pedaço de rocha há milhares de anos luz da terra significa os eventos mais frugais que uma pessoa pode experimentar, e tudo isso sem a menor causalidade perceptível. Trata-se exatamente do que ela faz, e com a audácia de furar o esquema pedante de apenas interpretar planetas com mitologia embutida. Ela explora o conceito de sincronicidade ao máximo.
Eu não vou começar a usar asteróides, mas é claro que Martha também tem um material riquíssimo sobre os dez planetas "tradicionais" da astrologia moderna, além dos transneptunianos. Seu livro, Architects of Time, é uma boa pedida para aprender a prever eventos no dia e na hora - pelo menos, é o que dizem as resenhas, pois ainda não o adquiri.
Há asteróides com nomes de figuras mitológicas, que podem se referir a uma pletora de informações e significados. O asteróide Odysseus, por exemplo, indica desde turismo a separação precoce dos pais. Entretanto, a interpretação de um asteróide fica mais literal à medida em que ele se refere, através do seu nome, a uma figura histórica recente ou objeto. O mencionado asteróide Ilisarov, por exemplo, possui correlação com ossos, fraturas e correções cirúrgicas das mesmas - o que nos remete a um uso importante desse tipo de corpo celeste: astrologia médica
Uma coisa é dizer que o asteróide Hidalgo está em conjunção ao Ascendente e afirmar que, devido a isso, a pessoa se acha o rei da cocada preta; outra é fazer interpretações certeiras sobre o histórico médico do nativo baseado na combinação planetas + asteróides. Enquanto a primeira constatação
depende enormemente da percepção subjetiva que o indivíduo tem de si mesmo (o que explica a grande disseminação da astrologia comportamental), a segunda consiste em dados objetivos e verificados por qualquer observador não envolvido pessoalmente.
Martha investiga os asteróides há décadas, o que inclui implicações médicas dos mesmos. Só esse seria um motivo para eu demonstrar algum interesse nas suas pesquisas, porque sou médico e é muito difícil encontrar métodos astrológicos sérios e que se enquadrem na percepção anatomopatológica da medicina moderna.
Ler sua obra não significa um compromisso na aplicação dos asteróides na sua prática, até porque ela tem muito material sobre os planetas conhecidos que também merece estudo. Seus livros podem ser encontrados no seu site a venda, pois o Astroamerica morreu.
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